sexta-feira, 21 de outubro de 2011

ESTREIA-'Rock Brasília - Era de Ouro' revê cena musical de 1980

SÃO PAULO (Reuters) - 'Ninguém fica impunemente no mesmo lugar', disse o cineasta Vladimir Carvalho, no Festival de Paulínia, em julho passado, de onde seu 'Rock Brasília - Era de Ouro' saiu consagrado com o prêmio de melhor documentário. É interessante como a declaração do diretor sugere que as bandas de rock que surgiram no cenário retratado -- entre elas, Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude -- são frutos do local.


Aos poucos, o documentário de Carvalho, em lançamento nacional em 58 cópias, monta um panorama de uma época e um lugar que, embora com localização específica no tempo e no espaço, perdura no país inteiro até hoje. Afinal, a pergunta 'Que País é Esse?', na voz de Renato Russo, continua atual há mais de duas décadas.

O documentário é o primeiro de uma leva de filmes ligados ao músico (que morreu há 15 anos) e sua obra, que devem chegar aos cinemas no próximo ano. Antonio Carlos da Fontoura ('Gatão da Meia-Idade') prepara a cinebiografia do começo da carreira do músico em 'Somos Tão Jovens' e René Belmonte dirige a adaptação para o cinema da famosa saga musical 'Faroeste Caboclo'.
Carvalho, que já foi professor na Universidade de Brasília, tem a curiosidade aguçada e o jeito para conversa. Numa entrevista feita com Renato Russo em 1988 -- e que até agora estava inédita -- o cineasta e o músico falam de vários assuntos. A gravação foi feita na véspera de um show histórico no estádio Mané Garrincha, que acabou num quebra-quebra documentado no filme.
Entrevistas com músicos (Phillipe Seabra, Bi Ribeiro, Dinho Ouro Preto, Dado Villa-Lobos, entre outros), pais e parentes deles (como a mãe e irmã de Renato, Carminha e Carmem Tereza) são reveladoras e até nostálgicas.


Se para uma geração, 'Rock Brasília - Era de Ouro' é uma viagem ao passado, a lembrança da juventude, para os mais jovens, é a descoberta de uma época. A entrevista de Renato Russo é uma espécie de fio condutor do documentário, mas é a conversa com Briquet de Lemos, pai de Flávio e Fê Lemos (do Capital Inicial), que joga mais luz sobre a formação das bandas e seus músicos.
Junto com 'Conterrâneos Velhos de Guerra' (1991) e 'Barra 68' (2000), 'Rock Brasília - Era de Ouro' forma uma trilogia sobre a formação história, política e cultural da capital federal.
Conhecido também por filmes como 'O País de São Saruê' e mais recentemente 'O Engenho de Zé Lins', o cineasta partilha daquele método de Eduardo Coutinho, no qual se ouve com generosidade e curiosidade o que seus entrevistados têm a dizer. O resultado é um amplo painel sobre a cultura nacional que fala do passado num diálogo claro com o presente.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Ex-integrantes da Legião Urbana se emocionam ao lembrar de Renato Russo

REPORTAGEM DO SITE SRZD
Thaiane Silveira | 11/10/2011 23h29
Foto: Thaiane Silveira - SRZDNa noite desta terça-feira, Dado Villa-Lobos, Marcelo Bonfá e Philippe Seabra se reuniram com Vladimir Carvalho, diretor do longa "Rock Brasília, era de ouro" em uma mesa redonda na qual o SRZD estava presente. Os músicos chegaram brincalhões e comendo pipoca.
Perguntados sobre a importância do documentário que conta a história das maiores bandas brasilienses dos anos 1980, Dado Villa-Lobos, ex-guitarrista da Legião Urbana diz que "é um registro de uma história que aconteceu há 30 anos", e lembra que Brasília ainda estava em formação, "resultado de tudo isso foram essas bandas todas que protagonizaram em algum momento a cultura musical brasileira e esse registro veio mostrar como tudo aconteceu", completa.
Já Philippe Seabra, o mais jovem da então "tchurma" de Renato Russo, lembra com animação que o filme foi premiado como melhor documentário no Festival de Paulínia e considera "uma história de superação". "Não existia nada, não existia mercado de música no Brasil, não tinha perspectiva, cultura, e olha o que essa galera de Brasília conseguiu fazer. É uma coisa que ressoa até hoje", lembra o guitarrista da Plebe Rude.Foto: Thaiane Silveira - SRZD
Para o, na época baterista da Legião Urbana, Marcelo Bonfá, o que as bandas de Brasília viveram foi muito intenso e "parecia um filme", o que inevitavelmente aconteceu.
Apesar do clima animado os ex-integrantes da Legião Urbana se mostraram visivelmente emocionados ao comentar sobre o ex-companheiro Renato Russo, morto há 15 anos. "Mas claramente se ele não tivesse partido estaria aqui no nosso lugar dando essa entrevista e falando com conhecimento de causa o que foi aquilo que aconteceu naquele momento em Brasília", afirmou Dado Villa-Lobos.
Apesar de tocados e conscientes de que o então líder da Legião Urbana se entregou a AIDS, Bonfá conta que eles continuam lutando, mesmo que Renato não tenha vencido.
Para os roqueiros de Brasília, sua música era "uma maneira de lutar" contra "o grande ‘não’ de Brasília, conta Seabra lembrando o período de repressão pelo qual o país passava. "Apanhava de polícia, apanhava de playboy", lembra o músico.
Divertido, Bonfá lembra que sofreu repressão até mesmo de seus pais, que o recriminaram quando a Legião Urbana deixou o palco no meio de um show catastrófico em Brasília.
Em um papo animado os músicos lembraram as boas histórias que viveram em Brasília nos anos 1980, retratadas no documentário de Vladimir Carvalho. Ele conta que, na verdade quem o pautou foi o próprio Renato Russo. "Eu li um texto onde havia uma citação do Renato Russo, ele dizendo quando perguntado porque registrava tudo: ‘pra um dia a gente contar a história do nosso grupo’", contou o diretor.
Foto: Thaiane Silveira - SRZDEle lembra também do show que o Capital Inicial fez em 2008 para um milhão de pessoas na Esplanada dos Ministérios e compara com o início da carreira do grupo "numa cidade onde eles pediam pelo amor de Deus para plugar um microfone num barzinho de esquina". "Isso é prodigioso e foi isso que me ganhou", completa o Vladmir que começou a fazer seus registros para lecionar na Universidade de Brasília, e somente dois anos e meio atrás decidiu recuperar o material para produzir o documentário.
Durante a animada conversa, Philippe Seabra, que atualmente produz bandas independentes em Brasília, ainda fala sobre as bandas atuais. "Eu vejo as coisas mais legais vindo da periferia. A libido é o mesmo, mas parece que falta um pouquinho dessa iludição (das bandas dos anos 1980). Embasamento é bagagem, e o que acontece no rock brasileiro hoje em dia é só business", diz o músico.


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

“No primeiro Rock in Rio, eu e minha mulher dormimos na rodoviária”, relembra Fê Lemos



Baterista do Capital Inicial relembra a trajetória da banda em paralelo ao festival; grupo faz show no Palco Mundo neste sábado, 24           
                                                                                      
por Stella Rodrigues
23 de Set. de 2011 às 11:09

Falando à Rolling Stone Brasil, Fê Lemos (na foto, o terceiro da esquerda para a direita), baterista do Capital Inicial, não consegue desassociar a trajetória da banda, seu altos e baixos, ao histórico de suas participações no Rock in Rio. Veja abaixo o depoimento do músico sobre a relação da banda com o festival:
1991
“Essa é nossa terceira vez no Rock in Rio, a primeira foi em 1991, quando rolou no Maracanã. O que marcou dessa apresentação é que ela aconteceu em um momento nosso particularmente conturbado. Tínhamos acabado de mudar de gravadora e a banda já estava com um clima ruim, internamente. Então, me lembro que sentimos uma ansiedade ruim, estávamos inseguros com o futuro e isso refletiu no show.”
2001“Na nossa segunda experiência, foi tudo o oposto. Tínhamos acabado de lançar o Acústico MTV, que foi um sucesso avassalador. A banda estava focada em retomar a carreira e muito disposta a aproveitar essa oportunidade. Dessa vez, a ansiedade era muito boa. Foi interessante que uma semana antes desse Rock in Rio, estávamos tocando um show acústico, com violões e banquinhos. E tivemos um insight de que não daria para fazer isso em um palco como o do festival. Em cima da hora, fizemos dois ensaios com guitarras. Foi sensacional, muita gente achou o melhor show da noite, o que nos deixou muito lisonjeados, afinal, Red Hot Chili Peppers tocou naquele dia! Lembro de pisar no palco e gritar de emoção ao ver aquele mar de gente.”
2011“Vamos para o terceiro Rock in Rio da carreira, novamente em um momento muito bom, de resgate da nossa sonoridade. A banda se reencontrou depois do acidente do Dinho [Ouro Preto, vocalista e guitarrista] e estamos vindo de dois anos muito bons de shows pelo Brasil todo. Nesses dez anos entre os dois festivais, lançamos cinco discos de estúdio e dois projetos especiais, o repertório está renovado, assim como o público. E a apresentação também em evoluiu, especialmente em termos de visual e tecnologia.”
1985“No primeiro Rock in Rio, participamos apenas como telespectadores. Tínhamos acabado de nos mudar para São Paulo, a banda estava saindo de Brasília e começando a engrenar. Lembro que eu e minha mulher, na época, dormimos na rodoviária. Éramos duros, não tínhamos dinheiro para hotel e acabaram os ônibus. Chegamos ao amanhecer na rodoviária, deitamos no gramado e não tivemos dúvidas: dormimos.”
O peso do rótulo Rock in Rio“O Rock in Rio é internacional, o maior festival do Brasil e um dos maiores do mundo. Você divide palco com atrações que são destaque em seus gêneros. Você tem que mostrar a que veio. Está ali sendo julgado pelos seus pares, está tocando em uma das cidades mais cosmopolitas do planeta e com um casting de primeira. É uma responsabilidade.”
Atrações nacionais vc. internacionais“Nesses 25 anos que se passaram, as atrações nacionais passaram a ser tratadas da mesma forma que as internacionais. Houve um amadurecimento do mercado brasileiro e um reconhecimento por parte dos empresários de que a plateia gosta das atrações brasileiras. Mas existe mesmo uma hierarquia, são ícones reconhecidos no mundo todo que estão vindo, é normal terem esse destaque.”
Palco e estrutura de 2011
“Vi algumas imagens pela televisão. E quando fizemos trabalhos de mídia para o Rock in Rio, há alguns meses, vimos todo o material publicitário e, realmente, o palco é uma coisa magnífica, deverá ser um festival inesquecível.”
Quando o artista vira fã
“Quero muito ver o Elton John e o Red Hot. E adoraria ficar a semana toda no Rio para ver os outros shows, mas estamos com compromissos durante a semana toda. Eu gostaria muito de circular pelo lugar e ficar curtindo, mas a agenda não deixa.”

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

EX-INTEGRANTES DA BANDA (ELES TAMBÉM FIZERAM PARTE DA NOSSA HISTÓRIA)



Nome: Antônio Marcos Lopes de Souza

Nome Artistico: Loro Jones

Loro nasceu em 19/10/61, no Rio de Janeiro. Mas, mudou-se bem garoto para Brasília, quando seu pai - que era soldado do Corpo de Bombeiros - foi transferido. Era chamado de 'Diabo Louro' por causa das molecagens que fazia: colocava corujas nas mesas das professoras para assustá-las e quebrava vidraças. Depois virou 'Loro'. E, como ele gostava do trabalho de Steve Jones, incorporou 'Jones' ao seu sobrenome.
O avô de Loro tocava e construía instrumentos musicais. O pai o apoiava mas não tinha dinheiro para bancar sua paixão pela música. A mãe acabou vendendo uma máquina de costura para comprar a primeira guitarra para ele.
A maior paixão de Loro são as motos e os carros. Atualmente, tem uma Harley Davison. Houve um tempo em que ele trocava de carro com muita facilidade. Já arrematou, num leilão, um Landau que pertenceu ao ex-presidente João Goulart.
O guitarrista do Capital conta que quando Flávio e Fê voltaram da Inglaterra, com discos dos Ramones, The Cure, Jam e The Clash na bagagem todo mundo se reunia para ouvir aquele rock. A tribo punk da primeira geração incluia umas dez bandas - que foram se modificando com o tempo, mas bebia na mesma fonte criativa.



Nome: Bozzo Barretti

Data de Nascimento: 29 de agosto de 1956

Signo: Leonino

Altura: 1,73 M de Altura

Local de Nascimento: São Paulo - SP

Curiosidade (Ex-Tecladista)

Sendo produtor e também tecladista no primeiro disco do Capital Inicial, nada mais obvio do que fazê-lo parte do grupo. Bozzo era o único "letrado" em música no Capital Inicial. Responsável em grande parte pelo som que o Capital tocou nos anos '80.
Bozzo foi convidado a integrar a banda de Arrigo Barnabé ao mesmo tempo que ele estava começando a tocar no Capital Inicial, não é preciso nem dizer qual ele escolheu. Bozzo tocou no Capital Inicial até 1992. Sendo o mais velho deles e também por causa da direção musical que a banda tomava no momento que  ele saiu .
Foi produtor de várias bandas, incluindo o disco da Banda Rúcula com o Murilo Lima, que um dia se tornaria o vocalista do Capital Incial, que ele produziu quando ainda estava no Capital Inicial.

Discografia com o Capital Inicial

1986 - Capital Inicial
1987 - Independência
1989 - Você Não Precisa Entender
1990 - Todos os Lados
1991 - Eletricidade



Nome: Murilo Lima
Data de Nascimento: 1969
Signo: N/A
Local de Nascimento: Santos - SP
Curiosidades (Ex-Vocalista)
Apresenta-se na noite paulistana desde 1988, aproximadamente. Nessa época, Murilo Lima e André Luiz chegaram a apresentar-se juntos, várias vezes, apresentando de forma acústica (é, muito antes da "febre" do unplugged), boa parte do repertório do U2 (É, também ainda não havia a Banda U2 Cover, com a qual Murilo Lima chegou a dar inúmeras "canjas", inclusive.
Em 1991, teve sua primeira participação em disco - ainda era vinil! - com a Banda RÚCULA,
pela RGE. O projeto acabou durando pouco e, pouco depois dessa gravação, Murilo Lima foi convidado a integrar o CAPITAL INICIAL que, após a saída de Dinho para carreira solo, estava à procura de um vocalista. O disco da Banda Rúcula foi produzido por Bozo Barretti, então tecladista do Capital Inicial, que acabou fazendo o convite a Murilo Lima para que integrasse o Capital Inicial. O convite foi aceito e, desde 1992 até o começo de 1998, Murilo Lima foi o vocalista do Capital Inicial, onde fez inúmeros shows por todo o Brasil.
Hoje, Murilo Lima está trabalhando naquele que será seu primeiro trabalho solo, composto por regravações de músicas que já fizeram a cabeça de muita gente e que andavam "na gaveta" há tempos. Arranjos com violões, fretless e percussão.




Nome: Heloísa Helena Ustárroz Teixeira
Data de Nascimento: 1963
Signo: Aquário
Time: Botafogo
Local de Nascimento: Rio de Janeiro - RJ
Curiosidades (Ex-Vocalista)
História contada pela Heloísa...
"Aliás, não era só vocalista, era guitarrista e compositora e muitos sucessos que lançaram anos depois de minha saída teve a minha participação e foi cuidadosamente omitida.
Informo ao amigo que me apresentei com a banda em várias exibições, inclusive na cidade de Unaí, que foi um vexame, pois viajamos mais de 300 quilômetros de ida e volta para tocar para umas vinte criaturas."
Fui fundadora do conjunto e ajudei a escolher o nome que inicialmente eles queriam que fosse Aborto Elétrico.
A verdade que deve ser dita é que não sou gaúcha e sim carioca e torcedora do Botafogo, sou aquariana e nasci em 1963 e a minha saída do grupo se deu por outro motivo.
Faríamos uma série de shows na ABO e o Fê quebrou o pé. Precisávamos de um baterista para substituí-lo e contra minha vontade contrataram um cara que não era do rock e sim do sambão. Foi um fiasco e depois da estréia o teatro ficou às moscas. Grande prejuízo.
Decidiram que devíamos nos cotizar para pagar as dívidas. Disse que não contribuiria porque não concordei como lance e não tinha dinheiro. Aí sugeriram que vendesse as roupas transadas, que minha avó mandava de presente das lojas do Arpoador,como A K&K. Disse que era fora de cogitação e então "confiscaram" minha guitarra e meu amplificador e disseram que iam vendê-los. Gesto autoritário e covarde contra uma moça.
Fui embora e nunca mais voltei aos ensaios. O que meu pai fez e o fez por ser meu pai e não por ser coronel do Exército, fato que muito me orgulha, foi buscar os meus equipamentos e isso qualquer pai digno faria.
Não quero mal aos ex-amigos e desejo que seja, felizes como conjunto e que tenham muito mais sucesso do que já tiveram, mas apenas desejo que a verdade seja restabelecida, pois numa época em que procuramos resgatar a dignidade do Brasil é inaceitável a mentira e a calúnia gratuitas.



Nome Artistico: Alvin L.

Compositor, guitarrista e cantor carioca, começou nos anos de 1970 com o grupo punk Vândalos. Mais tarde formou os Rapazes de Vida Fácil, mais influenciado pelo new wave, que chegou a lançar um compacto em 1982 pela PolyGram. Também flertou com o experimentalismo com a banda Brasil Palace, e em seguida foi o compositor principal dos Sex Beatles, que lançou dois discos, "Automobília" e "Mondo Passionale", nos anos de 1990. Durante todo o tempo Alvin destacou-se como compositor, sendo gravado por outros intérpretes, principalmente Marina Lima ("Eu Não Sei Dançar", "Stromboli", "Deve Ser Assim", "Na Minha Mão" e outros), Capital Inicial ("Mickey Mouse em Moscou", "Todos os Lados", "Eu Vou Estar" e outros), Leila Pinheiro (que registrou três músicas suas em "Na Ponta da Língua"), e ainda Belô Velloso ("Menos Carnaval"), Toni Platão ("Tudo que Vai") e Ana Carolina ("Perder Tempo com Você"). Seu primeiro disco solo, "Alvin", saiu em 1997 pela BMG, com regravações e inéditas.



Nome: Marcelo Sussekind

Marcelo Sussekind atua em diversas vertentes da música brasileira. Aos 49 anos, o músico, engenheiro de som e produtor musical, já mostrou sua versatilidade em inúmeros trabalhos realizados com diversos artistas e grupos. Lulu Santos, Erasmo Carlos, Daniela Mercury, Ira!, Capital Inicial, Lobão são alguns nomes presentes na vasta lista de trabalhos de Marcelo.
O carioca Marcelo Sussekind iniciou seus trabalhos no meio musical aos 14 anos. Junto com amigos fundou a banda de baile Divers, em que tocava contrabaixo. Fez parte da banda A Bolha e Erva Doce, grupo que fundou em 1981 junto com o tecladista Renato Ladeira e em que atuava como guitarrista.
Seu interesse pelo universo fascinante dos estúdios e sua capacidade musical, foram dando a Marcelo a bagagem para que começasse a produzir. Em 1980 debutou oficialmente como co-produtor do primeiro disco de Lobão Cena de Cinema. Mais tarde, o produtor voltou a trabalhar com Lobão no bem sucedido disco Vida Bandida. Produziu também, os primeiros discos do Paralamas do Sucesso (Vital e sua Moto e Os Passos do Lui), Capital Inicial, Ira!, Engenheiros do Hawaii, 14 Bis, entre outros.
Marcelo, produtor de vários DVDs brasileiros (Capital Inicial, Ira!, Mauricio Manieri, Bruno & Marrone, Erasmo Carlos e Guilherme Arantes), criou uma forma própria de trabalhar. Depois de produzir os CD's de Lulu Santos, Daniela Mercury, Ana Carolina, IRA, Marcelo Sussekind finalizou o novo "Rosas e Vinho Tinto" do Capital Inicial.






Nome: Francisco José Zambianchi (músico e compositor)


Nome Artístico: Kiko Zambianchi

Nasceu na cidade de Riberão Preto, SP, em 14 de outubro de 1960 . Começou a tocar guitarra na adolescência e no final da década de 70 já se apresentava em festivais estudantis. Aos 21 anos mudo-se para São Paulo e conheceu a cantora Marina, que mais tarde levaria às paradas de todo o Brasil uma música de sua autoria - "Eu te amo você" - colaborando para sua carreira. Em 1985 lança seu primeiro trabalho, "Choque" pela EMI, que logo de cara emplacou três sucessos : "Choque", "Rolam as pedras" e "Primeiros erros (Chove)". Com o lançamento de seu segundo disco - "Quadro vivo" - Kiko teve seu nome projetado nacionalmente com a inclusão da faixa "Alguém" na trilha da novela "Roda de Fogo" da TV Globo . Lançou trabalhos de sucesso em 87, 89 e 90 ("Hey Jude") . Então ficou afastado da mídia até 1997 quando lançou o álbum "KZ" com remixes de seus antigos sucessos e novas composições . Em 2000 foi convidado para participar do Acústico MTV do Capital Inicial . Com o sucesso do álbum, Kiko saiu então em turnê ao lado do Capital até junho de 2001, quando assinou um contrato com a Abril . Ultimamente tem feitos participações especiais em shows do Capital em meio à divulgação do seu no trabalho "Disco novo" .





quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Capital Inicial - Como eles chegaram lá !

RIO DE JANEIRO - O que os Sex Pistols, The Clash, a Legião Urbana, Brasília, o início da década de 80 e o punk rock de uma forma geral têm em comum? Tudo, ué. Foi neste cenário, na agitada capital federal, que os irmãos Fê Lemos (baterista) e Flávio Lemos (baixo), ex-integrantes do Aborto Elétrico, a banda precursora da Legião Urbana liderada por Renato Russo, formaram uma das bandas mais importantes do rock brasileiro: o Capital Inicial.

Tudo bem, hoje você escuta “pneus de carro cantando” e nem acha assim, tão rock na veia? Pois saiba que esta geração de ouro da música brasileira teve, sim, lá atrás, muita importância para colocar em pauta as reivindicações de uma juventude cansada da mordaça imposta pela ditadura. Junto da Plebe Rude, e da própria Legião Urbana, além dos Paralamas do Sucesso, a “Geração Coca-Cola” também inclui nesse hall o Capital Inicial, que em 1983, um ano após sua fundação, viu Dinho Ouro Preto assumir os vocais.
Brasília era o berço do rock nacional. “Os burgueses sem religião” representavam, de fato, o futuro da nação. Musicalmente falando.
Isso porque não tinham papas na língua. Os jabás comerciais que ditam as rádios atuais eram algo até então impensável. Dinho Ouro Preto, após um estágio como baixista da banda “dado e o reino animal” (em letras minúsculas mesmo) com Dado Villa Lobos e Marcelo Bonfá (que se uniriam posteriormente a Renato Russo e o resto da história você já sabe), foi o porta-voz da rebeldia do Capital Inicial. Não é exagero dizer a banda viveu o seu auge logo no início.

Em 1983 e 1984, o Capital Inicial fazia shows cada vez mais constantes em São Paulo e no Rio de Janeiro, principalmente no Circo Voador. Logo os integrantes entenderam que o futuro deles como músicos era mais seguro no sudeste. Logo no início de 1985 veio a mudança para a capital paulista. Um ano mais tarde, assinaram com a Polygram e lançaram o primeiro EP: “Capital Inicial”.

O álbum de estreia rendeu boas críticas por parte da imprensa especializada. “Um rock limpo, vigoroso, dançante e, sobretudo, competente, a quilômetros de distância da mesmice que assaltou a música pop brasileira nos últimos tempos", assinava no caderno Ilustrada da “Folha de S. Paulo” o jornalista Mário Nery. Era a revolução que todos esperavam.

Letras ásperas como a da “Música Urbana” lembrava que o momento era “de pedras nos sapatos onde os carros estão estacionados”. “Psicopata”, “Fátima” e “Veraneio Vascaína”, esta última censurada na época pela Polícia Federal, também foram hits que caíram como uma luva para jovens que passavam a invadir as ruas no momento de transição política das “Diretas Já”.

Em 1992, por divergências, Bozzo Barretti deixa o grupo e no ano seguinte, é a vez de Dinho Ouro Preto sair em carreira solo. Seis anos mais tarde, Dinho retorna e o Capital Inicial volta à sua formação original. Lançam coletânea (“O Melhor do Capital Inicial”) para comemorar os 15 anos da banda e os 20 anos do cenário do rock candango em Brasília. E até emplacam algumas músicas novas nos anos subsequentes. Mas já sem o mesmo brilho de outrora.

No dia 24/09, no segundo dia do Rock in Rio, o Capital Inicial divide o palco Mundo com NX Zero, Stone Sour, Snow Patrol e Red Hot Chili Peppers. Repertório não será problema para alegrar as 100 mil pessoas que já garantiram ingresso. Afinal de contas, são quase três décadas de trabalho árduo. E por toda a história, Dinho Ouro Preto e companhia merecem respeito.

Fã Clube Capital Inicial Brasília

Presidente: Karoline Silva Oliveira
Vice-Presidente: Gabriel dos Santos Costa
Diretora Geral: Ariane Silva Oliveria

Acessem nossos sites: Twitter: @FaClubeBrasilia / Facebook: Fã Clube Brasilia 


Memória: Capital Inicial

Com quase 30 anos de carreira o Capital Inicial se tornou uma das mais importantes bandas de rock do país. A banda que ainda buscava seu lugar ao sol em 85, ano do primeiro Rock in Rio, subiu ao palco do festival pela primeira vez em 91 e viu o Maracanã lotado cantar hits como “Música Urbana” e “Fátima”.




Em 2001, o grupo repetiu a dose em um show emblemático no Rock in Rio 2001. Este ano, o Capital toca no Palco Mundo no dia 24 de setembro.
Veja no vídeo as histórias de Dinho Ouro-Preto, Flávio e Fê Lemos sobre o festival.



segunda-feira, 30 de maio de 2011

Show do Capital Inicial Monange Dream Fashion Tour [resenha]


Capital Inicial divulga Das Kapital, Dinho faz as moças suspirarem e as modelos hipnotizam os homens no Monange Dream Fashion Tour.
Eu nunca fui a um desfile de modas, nem achei que iria alguma vez na vida. A proposta do Monange Dream Fashion Tour me atraiu por unir uma banda que acompanho com os desfiles das super modelos.
Já na entrada do evento no Centro de Convenções a estrutura impressiona. O palco com dois metros de altura tornava-se imponente com a bela iluminação e cinco painéis de lâmpadas led, vale citar que estes painéis foram um show a parte, tanto com suas lindas projeções  ou servindo como telão.
Ano passado o evento já tinha me chamado atenção, desisti de ir ao descobrir que a banda era o Jota Quest e a mestre de cerimônias a “apresentadora” Xuxa, nesse ano, o cargo ficou para o ator Malvino Salvador, super simpático. #ForaXuxa.
A mecânica do evento funciona assim: a banda escolhida se apresenta dentro de um limite de tempo e as modelos desfilam em quatro blocos durante o show. O Capital Inicial mostrou seu repertório por quase duas horas e executou 25 canções.
O ponto negativo foi o atraso, esperar por 45 minutos beira o desrespeito.
A canção “O Passageiro” abriu o show do Capital Inicial, – infelizmente na versão acústica -, seguida por “Ressurreição”, “4x Você” e “Como se Sente”. Dinho dedica a próxima música ao ministro Palocci e o Congresso Nacional, a banda ataca com “Que País é Esse?”.
O vocalista comanda a festa com seu carisma impressionante, que continua arrancando suspiros da parte feminina da plateia. Temos mais duas canções (setlist completo logo abaixo) e em novo contato, o vocalista comete um deslize ao dizer que estava com saudade, porque há muito tempo o Capital não se apresenta na cidade desde o acidente – que o afastou dos palcos por vários meses -, o camarada esqueceu-se da apresentação ano passado pelo Festival de Inverno e das apresentações no final de 2010, uma em Luziânia e a outra em Brasília, em evento fechado do Sindjus.
Dinho disse que o Aborto Elétrico tocou há um milhão de anos no Centro de Convenções, ainda antes dessa reforma. E emenda com: querem ouvir o que? Já que vocês não decidem eu escolho, e o Capital ataca com “Independência” – infelizmente, mais uma na versão acústica -.
A próxima “Como Devia Estar” é dedicada a Marina Silva e a infeliz aprovação do código florestal. Seguem mais três canções, e Dinho destaca que a próxima música foi a primeira que escreveu junto com o Flávio e o , isso há um milhão de anos. Milhões de anos se passaram, o era um cara problemático (brinca) e diz que essa canção já foi regravada várias vezes inclusive no acústico. Vem então a clássica “Leve Desespero”. Seguida por mais seis canções, com direito as novas “Vamos Comemorar” e “Marte em Capricórnio” e a linda “Fogo”.
Em Primeiros Erros (Kiko Zambianchi), Dinho decreta: aqui tem 8000 pessoas. como em um assalto coletivo, quero essas 16000 mil mãos pra cima. Não era preciso dizer que ele foi prontamente atendido.
Em “Vivendo e Aprendendo” o vocalista disse que é um prazer tocar em Brasília, e toda vez que nos apresentamos aqui, com essa energia e essas mãos para cima, guardadas as devidas proporções, me lembra quando o Queen apresentou “Love Of My Life no Brasil. Obrigado!
Na clássica “Veraneio Vascaina”, Dinho lembra que Fernanda Motta e Ana Beatriz Matos estão fazendo aniversário, recomenda que o público as felicite quando voltarem a passarela, e em homenagem as duas, canta “Envelheço na Cidade” do IRA!
Com o show chegando ao fim, anuncia: vamos com mais Aborto Elétrico, é a vez de “Fátima”, seguida por “Mulher de Fases” (Raimundos) e “À Sua Maneira”.
Emocionado, o vocalista é acompanhado em uníssono durante uma versão a capela de “Por Enquanto” (Legião Urbana), e diz obrigado pelas boas vibrações, como as apregoadas por Bob Marley que completaria 70 anos. Nota: Em minhas contas, o jamaicano completaria neste ano 66.
O vocalista emenda: nos vemos no Rock In Rio, quem não puder ir, voltaremos a Brasília em novembro com um show no Ginásio Nilson Nelson. Em seguida brada: Vida longa ao rock de Brasília!!! Após se despedir, Dinho volta e pede para todos os presentes se dedicarem na Campanha recém organizada para que Brasília receba a abertura da Copa do Mundo de 2014. Avise a todos, falem, liguem e mandem e-mails, conto com vocês!

Por: www.narotadorock.com.br 

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