sexta-feira, 21 de outubro de 2011

ESTREIA-'Rock Brasília - Era de Ouro' revê cena musical de 1980

SÃO PAULO (Reuters) - 'Ninguém fica impunemente no mesmo lugar', disse o cineasta Vladimir Carvalho, no Festival de Paulínia, em julho passado, de onde seu 'Rock Brasília - Era de Ouro' saiu consagrado com o prêmio de melhor documentário. É interessante como a declaração do diretor sugere que as bandas de rock que surgiram no cenário retratado -- entre elas, Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude -- são frutos do local.


Aos poucos, o documentário de Carvalho, em lançamento nacional em 58 cópias, monta um panorama de uma época e um lugar que, embora com localização específica no tempo e no espaço, perdura no país inteiro até hoje. Afinal, a pergunta 'Que País é Esse?', na voz de Renato Russo, continua atual há mais de duas décadas.

O documentário é o primeiro de uma leva de filmes ligados ao músico (que morreu há 15 anos) e sua obra, que devem chegar aos cinemas no próximo ano. Antonio Carlos da Fontoura ('Gatão da Meia-Idade') prepara a cinebiografia do começo da carreira do músico em 'Somos Tão Jovens' e René Belmonte dirige a adaptação para o cinema da famosa saga musical 'Faroeste Caboclo'.
Carvalho, que já foi professor na Universidade de Brasília, tem a curiosidade aguçada e o jeito para conversa. Numa entrevista feita com Renato Russo em 1988 -- e que até agora estava inédita -- o cineasta e o músico falam de vários assuntos. A gravação foi feita na véspera de um show histórico no estádio Mané Garrincha, que acabou num quebra-quebra documentado no filme.
Entrevistas com músicos (Phillipe Seabra, Bi Ribeiro, Dinho Ouro Preto, Dado Villa-Lobos, entre outros), pais e parentes deles (como a mãe e irmã de Renato, Carminha e Carmem Tereza) são reveladoras e até nostálgicas.


Se para uma geração, 'Rock Brasília - Era de Ouro' é uma viagem ao passado, a lembrança da juventude, para os mais jovens, é a descoberta de uma época. A entrevista de Renato Russo é uma espécie de fio condutor do documentário, mas é a conversa com Briquet de Lemos, pai de Flávio e Fê Lemos (do Capital Inicial), que joga mais luz sobre a formação das bandas e seus músicos.
Junto com 'Conterrâneos Velhos de Guerra' (1991) e 'Barra 68' (2000), 'Rock Brasília - Era de Ouro' forma uma trilogia sobre a formação história, política e cultural da capital federal.
Conhecido também por filmes como 'O País de São Saruê' e mais recentemente 'O Engenho de Zé Lins', o cineasta partilha daquele método de Eduardo Coutinho, no qual se ouve com generosidade e curiosidade o que seus entrevistados têm a dizer. O resultado é um amplo painel sobre a cultura nacional que fala do passado num diálogo claro com o presente.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Ex-integrantes da Legião Urbana se emocionam ao lembrar de Renato Russo

REPORTAGEM DO SITE SRZD
Thaiane Silveira | 11/10/2011 23h29
Foto: Thaiane Silveira - SRZDNa noite desta terça-feira, Dado Villa-Lobos, Marcelo Bonfá e Philippe Seabra se reuniram com Vladimir Carvalho, diretor do longa "Rock Brasília, era de ouro" em uma mesa redonda na qual o SRZD estava presente. Os músicos chegaram brincalhões e comendo pipoca.
Perguntados sobre a importância do documentário que conta a história das maiores bandas brasilienses dos anos 1980, Dado Villa-Lobos, ex-guitarrista da Legião Urbana diz que "é um registro de uma história que aconteceu há 30 anos", e lembra que Brasília ainda estava em formação, "resultado de tudo isso foram essas bandas todas que protagonizaram em algum momento a cultura musical brasileira e esse registro veio mostrar como tudo aconteceu", completa.
Já Philippe Seabra, o mais jovem da então "tchurma" de Renato Russo, lembra com animação que o filme foi premiado como melhor documentário no Festival de Paulínia e considera "uma história de superação". "Não existia nada, não existia mercado de música no Brasil, não tinha perspectiva, cultura, e olha o que essa galera de Brasília conseguiu fazer. É uma coisa que ressoa até hoje", lembra o guitarrista da Plebe Rude.Foto: Thaiane Silveira - SRZD
Para o, na época baterista da Legião Urbana, Marcelo Bonfá, o que as bandas de Brasília viveram foi muito intenso e "parecia um filme", o que inevitavelmente aconteceu.
Apesar do clima animado os ex-integrantes da Legião Urbana se mostraram visivelmente emocionados ao comentar sobre o ex-companheiro Renato Russo, morto há 15 anos. "Mas claramente se ele não tivesse partido estaria aqui no nosso lugar dando essa entrevista e falando com conhecimento de causa o que foi aquilo que aconteceu naquele momento em Brasília", afirmou Dado Villa-Lobos.
Apesar de tocados e conscientes de que o então líder da Legião Urbana se entregou a AIDS, Bonfá conta que eles continuam lutando, mesmo que Renato não tenha vencido.
Para os roqueiros de Brasília, sua música era "uma maneira de lutar" contra "o grande ‘não’ de Brasília, conta Seabra lembrando o período de repressão pelo qual o país passava. "Apanhava de polícia, apanhava de playboy", lembra o músico.
Divertido, Bonfá lembra que sofreu repressão até mesmo de seus pais, que o recriminaram quando a Legião Urbana deixou o palco no meio de um show catastrófico em Brasília.
Em um papo animado os músicos lembraram as boas histórias que viveram em Brasília nos anos 1980, retratadas no documentário de Vladimir Carvalho. Ele conta que, na verdade quem o pautou foi o próprio Renato Russo. "Eu li um texto onde havia uma citação do Renato Russo, ele dizendo quando perguntado porque registrava tudo: ‘pra um dia a gente contar a história do nosso grupo’", contou o diretor.
Foto: Thaiane Silveira - SRZDEle lembra também do show que o Capital Inicial fez em 2008 para um milhão de pessoas na Esplanada dos Ministérios e compara com o início da carreira do grupo "numa cidade onde eles pediam pelo amor de Deus para plugar um microfone num barzinho de esquina". "Isso é prodigioso e foi isso que me ganhou", completa o Vladmir que começou a fazer seus registros para lecionar na Universidade de Brasília, e somente dois anos e meio atrás decidiu recuperar o material para produzir o documentário.
Durante a animada conversa, Philippe Seabra, que atualmente produz bandas independentes em Brasília, ainda fala sobre as bandas atuais. "Eu vejo as coisas mais legais vindo da periferia. A libido é o mesmo, mas parece que falta um pouquinho dessa iludição (das bandas dos anos 1980). Embasamento é bagagem, e o que acontece no rock brasileiro hoje em dia é só business", diz o músico.


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

“No primeiro Rock in Rio, eu e minha mulher dormimos na rodoviária”, relembra Fê Lemos



Baterista do Capital Inicial relembra a trajetória da banda em paralelo ao festival; grupo faz show no Palco Mundo neste sábado, 24           
                                                                                      
por Stella Rodrigues
23 de Set. de 2011 às 11:09

Falando à Rolling Stone Brasil, Fê Lemos (na foto, o terceiro da esquerda para a direita), baterista do Capital Inicial, não consegue desassociar a trajetória da banda, seu altos e baixos, ao histórico de suas participações no Rock in Rio. Veja abaixo o depoimento do músico sobre a relação da banda com o festival:
1991
“Essa é nossa terceira vez no Rock in Rio, a primeira foi em 1991, quando rolou no Maracanã. O que marcou dessa apresentação é que ela aconteceu em um momento nosso particularmente conturbado. Tínhamos acabado de mudar de gravadora e a banda já estava com um clima ruim, internamente. Então, me lembro que sentimos uma ansiedade ruim, estávamos inseguros com o futuro e isso refletiu no show.”
2001“Na nossa segunda experiência, foi tudo o oposto. Tínhamos acabado de lançar o Acústico MTV, que foi um sucesso avassalador. A banda estava focada em retomar a carreira e muito disposta a aproveitar essa oportunidade. Dessa vez, a ansiedade era muito boa. Foi interessante que uma semana antes desse Rock in Rio, estávamos tocando um show acústico, com violões e banquinhos. E tivemos um insight de que não daria para fazer isso em um palco como o do festival. Em cima da hora, fizemos dois ensaios com guitarras. Foi sensacional, muita gente achou o melhor show da noite, o que nos deixou muito lisonjeados, afinal, Red Hot Chili Peppers tocou naquele dia! Lembro de pisar no palco e gritar de emoção ao ver aquele mar de gente.”
2011“Vamos para o terceiro Rock in Rio da carreira, novamente em um momento muito bom, de resgate da nossa sonoridade. A banda se reencontrou depois do acidente do Dinho [Ouro Preto, vocalista e guitarrista] e estamos vindo de dois anos muito bons de shows pelo Brasil todo. Nesses dez anos entre os dois festivais, lançamos cinco discos de estúdio e dois projetos especiais, o repertório está renovado, assim como o público. E a apresentação também em evoluiu, especialmente em termos de visual e tecnologia.”
1985“No primeiro Rock in Rio, participamos apenas como telespectadores. Tínhamos acabado de nos mudar para São Paulo, a banda estava saindo de Brasília e começando a engrenar. Lembro que eu e minha mulher, na época, dormimos na rodoviária. Éramos duros, não tínhamos dinheiro para hotel e acabaram os ônibus. Chegamos ao amanhecer na rodoviária, deitamos no gramado e não tivemos dúvidas: dormimos.”
O peso do rótulo Rock in Rio“O Rock in Rio é internacional, o maior festival do Brasil e um dos maiores do mundo. Você divide palco com atrações que são destaque em seus gêneros. Você tem que mostrar a que veio. Está ali sendo julgado pelos seus pares, está tocando em uma das cidades mais cosmopolitas do planeta e com um casting de primeira. É uma responsabilidade.”
Atrações nacionais vc. internacionais“Nesses 25 anos que se passaram, as atrações nacionais passaram a ser tratadas da mesma forma que as internacionais. Houve um amadurecimento do mercado brasileiro e um reconhecimento por parte dos empresários de que a plateia gosta das atrações brasileiras. Mas existe mesmo uma hierarquia, são ícones reconhecidos no mundo todo que estão vindo, é normal terem esse destaque.”
Palco e estrutura de 2011
“Vi algumas imagens pela televisão. E quando fizemos trabalhos de mídia para o Rock in Rio, há alguns meses, vimos todo o material publicitário e, realmente, o palco é uma coisa magnífica, deverá ser um festival inesquecível.”
Quando o artista vira fã
“Quero muito ver o Elton John e o Red Hot. E adoraria ficar a semana toda no Rio para ver os outros shows, mas estamos com compromissos durante a semana toda. Eu gostaria muito de circular pelo lugar e ficar curtindo, mas a agenda não deixa.”

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

EX-INTEGRANTES DA BANDA (ELES TAMBÉM FIZERAM PARTE DA NOSSA HISTÓRIA)



Nome: Antônio Marcos Lopes de Souza

Nome Artistico: Loro Jones

Loro nasceu em 19/10/61, no Rio de Janeiro. Mas, mudou-se bem garoto para Brasília, quando seu pai - que era soldado do Corpo de Bombeiros - foi transferido. Era chamado de 'Diabo Louro' por causa das molecagens que fazia: colocava corujas nas mesas das professoras para assustá-las e quebrava vidraças. Depois virou 'Loro'. E, como ele gostava do trabalho de Steve Jones, incorporou 'Jones' ao seu sobrenome.
O avô de Loro tocava e construía instrumentos musicais. O pai o apoiava mas não tinha dinheiro para bancar sua paixão pela música. A mãe acabou vendendo uma máquina de costura para comprar a primeira guitarra para ele.
A maior paixão de Loro são as motos e os carros. Atualmente, tem uma Harley Davison. Houve um tempo em que ele trocava de carro com muita facilidade. Já arrematou, num leilão, um Landau que pertenceu ao ex-presidente João Goulart.
O guitarrista do Capital conta que quando Flávio e Fê voltaram da Inglaterra, com discos dos Ramones, The Cure, Jam e The Clash na bagagem todo mundo se reunia para ouvir aquele rock. A tribo punk da primeira geração incluia umas dez bandas - que foram se modificando com o tempo, mas bebia na mesma fonte criativa.



Nome: Bozzo Barretti

Data de Nascimento: 29 de agosto de 1956

Signo: Leonino

Altura: 1,73 M de Altura

Local de Nascimento: São Paulo - SP

Curiosidade (Ex-Tecladista)

Sendo produtor e também tecladista no primeiro disco do Capital Inicial, nada mais obvio do que fazê-lo parte do grupo. Bozzo era o único "letrado" em música no Capital Inicial. Responsável em grande parte pelo som que o Capital tocou nos anos '80.
Bozzo foi convidado a integrar a banda de Arrigo Barnabé ao mesmo tempo que ele estava começando a tocar no Capital Inicial, não é preciso nem dizer qual ele escolheu. Bozzo tocou no Capital Inicial até 1992. Sendo o mais velho deles e também por causa da direção musical que a banda tomava no momento que  ele saiu .
Foi produtor de várias bandas, incluindo o disco da Banda Rúcula com o Murilo Lima, que um dia se tornaria o vocalista do Capital Incial, que ele produziu quando ainda estava no Capital Inicial.

Discografia com o Capital Inicial

1986 - Capital Inicial
1987 - Independência
1989 - Você Não Precisa Entender
1990 - Todos os Lados
1991 - Eletricidade



Nome: Murilo Lima
Data de Nascimento: 1969
Signo: N/A
Local de Nascimento: Santos - SP
Curiosidades (Ex-Vocalista)
Apresenta-se na noite paulistana desde 1988, aproximadamente. Nessa época, Murilo Lima e André Luiz chegaram a apresentar-se juntos, várias vezes, apresentando de forma acústica (é, muito antes da "febre" do unplugged), boa parte do repertório do U2 (É, também ainda não havia a Banda U2 Cover, com a qual Murilo Lima chegou a dar inúmeras "canjas", inclusive.
Em 1991, teve sua primeira participação em disco - ainda era vinil! - com a Banda RÚCULA,
pela RGE. O projeto acabou durando pouco e, pouco depois dessa gravação, Murilo Lima foi convidado a integrar o CAPITAL INICIAL que, após a saída de Dinho para carreira solo, estava à procura de um vocalista. O disco da Banda Rúcula foi produzido por Bozo Barretti, então tecladista do Capital Inicial, que acabou fazendo o convite a Murilo Lima para que integrasse o Capital Inicial. O convite foi aceito e, desde 1992 até o começo de 1998, Murilo Lima foi o vocalista do Capital Inicial, onde fez inúmeros shows por todo o Brasil.
Hoje, Murilo Lima está trabalhando naquele que será seu primeiro trabalho solo, composto por regravações de músicas que já fizeram a cabeça de muita gente e que andavam "na gaveta" há tempos. Arranjos com violões, fretless e percussão.




Nome: Heloísa Helena Ustárroz Teixeira
Data de Nascimento: 1963
Signo: Aquário
Time: Botafogo
Local de Nascimento: Rio de Janeiro - RJ
Curiosidades (Ex-Vocalista)
História contada pela Heloísa...
"Aliás, não era só vocalista, era guitarrista e compositora e muitos sucessos que lançaram anos depois de minha saída teve a minha participação e foi cuidadosamente omitida.
Informo ao amigo que me apresentei com a banda em várias exibições, inclusive na cidade de Unaí, que foi um vexame, pois viajamos mais de 300 quilômetros de ida e volta para tocar para umas vinte criaturas."
Fui fundadora do conjunto e ajudei a escolher o nome que inicialmente eles queriam que fosse Aborto Elétrico.
A verdade que deve ser dita é que não sou gaúcha e sim carioca e torcedora do Botafogo, sou aquariana e nasci em 1963 e a minha saída do grupo se deu por outro motivo.
Faríamos uma série de shows na ABO e o Fê quebrou o pé. Precisávamos de um baterista para substituí-lo e contra minha vontade contrataram um cara que não era do rock e sim do sambão. Foi um fiasco e depois da estréia o teatro ficou às moscas. Grande prejuízo.
Decidiram que devíamos nos cotizar para pagar as dívidas. Disse que não contribuiria porque não concordei como lance e não tinha dinheiro. Aí sugeriram que vendesse as roupas transadas, que minha avó mandava de presente das lojas do Arpoador,como A K&K. Disse que era fora de cogitação e então "confiscaram" minha guitarra e meu amplificador e disseram que iam vendê-los. Gesto autoritário e covarde contra uma moça.
Fui embora e nunca mais voltei aos ensaios. O que meu pai fez e o fez por ser meu pai e não por ser coronel do Exército, fato que muito me orgulha, foi buscar os meus equipamentos e isso qualquer pai digno faria.
Não quero mal aos ex-amigos e desejo que seja, felizes como conjunto e que tenham muito mais sucesso do que já tiveram, mas apenas desejo que a verdade seja restabelecida, pois numa época em que procuramos resgatar a dignidade do Brasil é inaceitável a mentira e a calúnia gratuitas.



Nome Artistico: Alvin L.

Compositor, guitarrista e cantor carioca, começou nos anos de 1970 com o grupo punk Vândalos. Mais tarde formou os Rapazes de Vida Fácil, mais influenciado pelo new wave, que chegou a lançar um compacto em 1982 pela PolyGram. Também flertou com o experimentalismo com a banda Brasil Palace, e em seguida foi o compositor principal dos Sex Beatles, que lançou dois discos, "Automobília" e "Mondo Passionale", nos anos de 1990. Durante todo o tempo Alvin destacou-se como compositor, sendo gravado por outros intérpretes, principalmente Marina Lima ("Eu Não Sei Dançar", "Stromboli", "Deve Ser Assim", "Na Minha Mão" e outros), Capital Inicial ("Mickey Mouse em Moscou", "Todos os Lados", "Eu Vou Estar" e outros), Leila Pinheiro (que registrou três músicas suas em "Na Ponta da Língua"), e ainda Belô Velloso ("Menos Carnaval"), Toni Platão ("Tudo que Vai") e Ana Carolina ("Perder Tempo com Você"). Seu primeiro disco solo, "Alvin", saiu em 1997 pela BMG, com regravações e inéditas.



Nome: Marcelo Sussekind

Marcelo Sussekind atua em diversas vertentes da música brasileira. Aos 49 anos, o músico, engenheiro de som e produtor musical, já mostrou sua versatilidade em inúmeros trabalhos realizados com diversos artistas e grupos. Lulu Santos, Erasmo Carlos, Daniela Mercury, Ira!, Capital Inicial, Lobão são alguns nomes presentes na vasta lista de trabalhos de Marcelo.
O carioca Marcelo Sussekind iniciou seus trabalhos no meio musical aos 14 anos. Junto com amigos fundou a banda de baile Divers, em que tocava contrabaixo. Fez parte da banda A Bolha e Erva Doce, grupo que fundou em 1981 junto com o tecladista Renato Ladeira e em que atuava como guitarrista.
Seu interesse pelo universo fascinante dos estúdios e sua capacidade musical, foram dando a Marcelo a bagagem para que começasse a produzir. Em 1980 debutou oficialmente como co-produtor do primeiro disco de Lobão Cena de Cinema. Mais tarde, o produtor voltou a trabalhar com Lobão no bem sucedido disco Vida Bandida. Produziu também, os primeiros discos do Paralamas do Sucesso (Vital e sua Moto e Os Passos do Lui), Capital Inicial, Ira!, Engenheiros do Hawaii, 14 Bis, entre outros.
Marcelo, produtor de vários DVDs brasileiros (Capital Inicial, Ira!, Mauricio Manieri, Bruno & Marrone, Erasmo Carlos e Guilherme Arantes), criou uma forma própria de trabalhar. Depois de produzir os CD's de Lulu Santos, Daniela Mercury, Ana Carolina, IRA, Marcelo Sussekind finalizou o novo "Rosas e Vinho Tinto" do Capital Inicial.






Nome: Francisco José Zambianchi (músico e compositor)


Nome Artístico: Kiko Zambianchi

Nasceu na cidade de Riberão Preto, SP, em 14 de outubro de 1960 . Começou a tocar guitarra na adolescência e no final da década de 70 já se apresentava em festivais estudantis. Aos 21 anos mudo-se para São Paulo e conheceu a cantora Marina, que mais tarde levaria às paradas de todo o Brasil uma música de sua autoria - "Eu te amo você" - colaborando para sua carreira. Em 1985 lança seu primeiro trabalho, "Choque" pela EMI, que logo de cara emplacou três sucessos : "Choque", "Rolam as pedras" e "Primeiros erros (Chove)". Com o lançamento de seu segundo disco - "Quadro vivo" - Kiko teve seu nome projetado nacionalmente com a inclusão da faixa "Alguém" na trilha da novela "Roda de Fogo" da TV Globo . Lançou trabalhos de sucesso em 87, 89 e 90 ("Hey Jude") . Então ficou afastado da mídia até 1997 quando lançou o álbum "KZ" com remixes de seus antigos sucessos e novas composições . Em 2000 foi convidado para participar do Acústico MTV do Capital Inicial . Com o sucesso do álbum, Kiko saiu então em turnê ao lado do Capital até junho de 2001, quando assinou um contrato com a Abril . Ultimamente tem feitos participações especiais em shows do Capital em meio à divulgação do seu no trabalho "Disco novo" .





quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Capital Inicial - Como eles chegaram lá !

RIO DE JANEIRO - O que os Sex Pistols, The Clash, a Legião Urbana, Brasília, o início da década de 80 e o punk rock de uma forma geral têm em comum? Tudo, ué. Foi neste cenário, na agitada capital federal, que os irmãos Fê Lemos (baterista) e Flávio Lemos (baixo), ex-integrantes do Aborto Elétrico, a banda precursora da Legião Urbana liderada por Renato Russo, formaram uma das bandas mais importantes do rock brasileiro: o Capital Inicial.

Tudo bem, hoje você escuta “pneus de carro cantando” e nem acha assim, tão rock na veia? Pois saiba que esta geração de ouro da música brasileira teve, sim, lá atrás, muita importância para colocar em pauta as reivindicações de uma juventude cansada da mordaça imposta pela ditadura. Junto da Plebe Rude, e da própria Legião Urbana, além dos Paralamas do Sucesso, a “Geração Coca-Cola” também inclui nesse hall o Capital Inicial, que em 1983, um ano após sua fundação, viu Dinho Ouro Preto assumir os vocais.
Brasília era o berço do rock nacional. “Os burgueses sem religião” representavam, de fato, o futuro da nação. Musicalmente falando.
Isso porque não tinham papas na língua. Os jabás comerciais que ditam as rádios atuais eram algo até então impensável. Dinho Ouro Preto, após um estágio como baixista da banda “dado e o reino animal” (em letras minúsculas mesmo) com Dado Villa Lobos e Marcelo Bonfá (que se uniriam posteriormente a Renato Russo e o resto da história você já sabe), foi o porta-voz da rebeldia do Capital Inicial. Não é exagero dizer a banda viveu o seu auge logo no início.

Em 1983 e 1984, o Capital Inicial fazia shows cada vez mais constantes em São Paulo e no Rio de Janeiro, principalmente no Circo Voador. Logo os integrantes entenderam que o futuro deles como músicos era mais seguro no sudeste. Logo no início de 1985 veio a mudança para a capital paulista. Um ano mais tarde, assinaram com a Polygram e lançaram o primeiro EP: “Capital Inicial”.

O álbum de estreia rendeu boas críticas por parte da imprensa especializada. “Um rock limpo, vigoroso, dançante e, sobretudo, competente, a quilômetros de distância da mesmice que assaltou a música pop brasileira nos últimos tempos", assinava no caderno Ilustrada da “Folha de S. Paulo” o jornalista Mário Nery. Era a revolução que todos esperavam.

Letras ásperas como a da “Música Urbana” lembrava que o momento era “de pedras nos sapatos onde os carros estão estacionados”. “Psicopata”, “Fátima” e “Veraneio Vascaína”, esta última censurada na época pela Polícia Federal, também foram hits que caíram como uma luva para jovens que passavam a invadir as ruas no momento de transição política das “Diretas Já”.

Em 1992, por divergências, Bozzo Barretti deixa o grupo e no ano seguinte, é a vez de Dinho Ouro Preto sair em carreira solo. Seis anos mais tarde, Dinho retorna e o Capital Inicial volta à sua formação original. Lançam coletânea (“O Melhor do Capital Inicial”) para comemorar os 15 anos da banda e os 20 anos do cenário do rock candango em Brasília. E até emplacam algumas músicas novas nos anos subsequentes. Mas já sem o mesmo brilho de outrora.

No dia 24/09, no segundo dia do Rock in Rio, o Capital Inicial divide o palco Mundo com NX Zero, Stone Sour, Snow Patrol e Red Hot Chili Peppers. Repertório não será problema para alegrar as 100 mil pessoas que já garantiram ingresso. Afinal de contas, são quase três décadas de trabalho árduo. E por toda a história, Dinho Ouro Preto e companhia merecem respeito.

Fã Clube Capital Inicial Brasília

Presidente: Karoline Silva Oliveira
Vice-Presidente: Gabriel dos Santos Costa
Diretora Geral: Ariane Silva Oliveria

Acessem nossos sites: Twitter: @FaClubeBrasilia / Facebook: Fã Clube Brasilia 


Memória: Capital Inicial

Com quase 30 anos de carreira o Capital Inicial se tornou uma das mais importantes bandas de rock do país. A banda que ainda buscava seu lugar ao sol em 85, ano do primeiro Rock in Rio, subiu ao palco do festival pela primeira vez em 91 e viu o Maracanã lotado cantar hits como “Música Urbana” e “Fátima”.




Em 2001, o grupo repetiu a dose em um show emblemático no Rock in Rio 2001. Este ano, o Capital toca no Palco Mundo no dia 24 de setembro.
Veja no vídeo as histórias de Dinho Ouro-Preto, Flávio e Fê Lemos sobre o festival.



segunda-feira, 30 de maio de 2011

Show do Capital Inicial Monange Dream Fashion Tour [resenha]


Capital Inicial divulga Das Kapital, Dinho faz as moças suspirarem e as modelos hipnotizam os homens no Monange Dream Fashion Tour.
Eu nunca fui a um desfile de modas, nem achei que iria alguma vez na vida. A proposta do Monange Dream Fashion Tour me atraiu por unir uma banda que acompanho com os desfiles das super modelos.
Já na entrada do evento no Centro de Convenções a estrutura impressiona. O palco com dois metros de altura tornava-se imponente com a bela iluminação e cinco painéis de lâmpadas led, vale citar que estes painéis foram um show a parte, tanto com suas lindas projeções  ou servindo como telão.
Ano passado o evento já tinha me chamado atenção, desisti de ir ao descobrir que a banda era o Jota Quest e a mestre de cerimônias a “apresentadora” Xuxa, nesse ano, o cargo ficou para o ator Malvino Salvador, super simpático. #ForaXuxa.
A mecânica do evento funciona assim: a banda escolhida se apresenta dentro de um limite de tempo e as modelos desfilam em quatro blocos durante o show. O Capital Inicial mostrou seu repertório por quase duas horas e executou 25 canções.
O ponto negativo foi o atraso, esperar por 45 minutos beira o desrespeito.
A canção “O Passageiro” abriu o show do Capital Inicial, – infelizmente na versão acústica -, seguida por “Ressurreição”, “4x Você” e “Como se Sente”. Dinho dedica a próxima música ao ministro Palocci e o Congresso Nacional, a banda ataca com “Que País é Esse?”.
O vocalista comanda a festa com seu carisma impressionante, que continua arrancando suspiros da parte feminina da plateia. Temos mais duas canções (setlist completo logo abaixo) e em novo contato, o vocalista comete um deslize ao dizer que estava com saudade, porque há muito tempo o Capital não se apresenta na cidade desde o acidente – que o afastou dos palcos por vários meses -, o camarada esqueceu-se da apresentação ano passado pelo Festival de Inverno e das apresentações no final de 2010, uma em Luziânia e a outra em Brasília, em evento fechado do Sindjus.
Dinho disse que o Aborto Elétrico tocou há um milhão de anos no Centro de Convenções, ainda antes dessa reforma. E emenda com: querem ouvir o que? Já que vocês não decidem eu escolho, e o Capital ataca com “Independência” – infelizmente, mais uma na versão acústica -.
A próxima “Como Devia Estar” é dedicada a Marina Silva e a infeliz aprovação do código florestal. Seguem mais três canções, e Dinho destaca que a próxima música foi a primeira que escreveu junto com o Flávio e o , isso há um milhão de anos. Milhões de anos se passaram, o era um cara problemático (brinca) e diz que essa canção já foi regravada várias vezes inclusive no acústico. Vem então a clássica “Leve Desespero”. Seguida por mais seis canções, com direito as novas “Vamos Comemorar” e “Marte em Capricórnio” e a linda “Fogo”.
Em Primeiros Erros (Kiko Zambianchi), Dinho decreta: aqui tem 8000 pessoas. como em um assalto coletivo, quero essas 16000 mil mãos pra cima. Não era preciso dizer que ele foi prontamente atendido.
Em “Vivendo e Aprendendo” o vocalista disse que é um prazer tocar em Brasília, e toda vez que nos apresentamos aqui, com essa energia e essas mãos para cima, guardadas as devidas proporções, me lembra quando o Queen apresentou “Love Of My Life no Brasil. Obrigado!
Na clássica “Veraneio Vascaina”, Dinho lembra que Fernanda Motta e Ana Beatriz Matos estão fazendo aniversário, recomenda que o público as felicite quando voltarem a passarela, e em homenagem as duas, canta “Envelheço na Cidade” do IRA!
Com o show chegando ao fim, anuncia: vamos com mais Aborto Elétrico, é a vez de “Fátima”, seguida por “Mulher de Fases” (Raimundos) e “À Sua Maneira”.
Emocionado, o vocalista é acompanhado em uníssono durante uma versão a capela de “Por Enquanto” (Legião Urbana), e diz obrigado pelas boas vibrações, como as apregoadas por Bob Marley que completaria 70 anos. Nota: Em minhas contas, o jamaicano completaria neste ano 66.
O vocalista emenda: nos vemos no Rock In Rio, quem não puder ir, voltaremos a Brasília em novembro com um show no Ginásio Nilson Nelson. Em seguida brada: Vida longa ao rock de Brasília!!! Após se despedir, Dinho volta e pede para todos os presentes se dedicarem na Campanha recém organizada para que Brasília receba a abertura da Copa do Mundo de 2014. Avise a todos, falem, liguem e mandem e-mails, conto com vocês!

Por: www.narotadorock.com.br 

Vejam as fotos do evento nos nossos sites!
Twitter: @FaClubeBrasilia
Orkut: Fã Clube Brasilia
Email: fccapitalinicialbsb@hotmail.com

domingo, 3 de abril de 2011

Agenda de abril

Data              Cidade

09/04/2011
Porto Alegre, Rio Grande do Sul

15/04/2011
São Gonçalo, Rio de Janeiro

16/04/2011
Ilha do Governador, Rio de Janeiro

23/04/2011
Guarapari, Espírito Santo

29/04/2011
Barretos, São Paulo

30/04/2011
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Livro do Dinho – Capítulo 2

Para você que ansiosamente aguardou, segue a segunda parte do livro do Dinho:

Agora preciso fazer um pequeno flash back. Aguentem só esse pequeno suplício comigo, é curto, só um parágrafo. Hmmm, talvez um pouco mais. Eu sei que é obvio, mas preciso dizer o seguinte: rock sempre foi muito presente na minha vida. Eu sei vocês estão pensando “jura? É mesmo?” Sim, é mesmo e já aviso: ao longo dessa narrativa, vocês vão ouvir isso zilhões de vezes. Então não pensem “mas esse cara já não disse isso”?

Aos onze anos eu conheci o Dado, Bi, Pedro, Hermano e Herbert. Era a turma da 104. Em Brasília é tudo assim, com números, parece coisa de Admirável Mundo Novo. Na época, 1976, o que tava rolando era Led Zeppelin, que tinha acabado de lançar o Presence. Era incrível o que rock estava virando. Algo cada vez maior, cada vez mais distante dos garotos que compravam os discos. Não que nos importássemos muito, pelo contrário, ficávamos embasbacados pela aura de semideuses que aos poucos eles iam adquirindo.

Energia, autenticidade, sinceridade, simplicidade não eram valores que associávamos ao rock. Os reis da cocada preta no momento eram Yes, Genesis, Emerson, Lake and Palmer e etc. O povo do chamado som progressivo era, na verdade, um galho meio retorcido na árvore genealógica do rock. Os caras tinham saído de conservatórios. Aliás, havia ali uma certa contradição, progressivo e conservador ao mesmo tempo. Enfim, eu percebia que eles eram instrumentistas geniais, mas preferia coisas mais nervosas como AC/DC e Black Sabbath. Eu estava completamente tomado pelas bandas. Nada mais me interessava. Era só aquilo. Até minha mãe sabia de cor as letras de algumas músicas de tanto que ouvia de novo e de novo o mesmo disco. E enquanto eu olhava sempre para o mesmo lugar, para os mesmos discos, para as mesmas bandas, não tomei conhecimento da tempestade que se aproximava ali ao meu lado. Bastava um pouco mais de atenção e eu teria visto que os pioneiros da nova era já estavam pondo as manguinhas de fora.

Esse pequeno intervalo serve para mostrar onde estava minha cabeça e a dos meus amigos mais próximos nos primeiros anos da década de 80. Ainda estávamos muito ligados ao som que em pouco tempo seria um anacronismo insuportável.

Mas essa não é a história da minha vida. Ou melhor, não é só da minha vida. É a história de uma época e de várias vidas que, de algum modo estranho, acabaram se cruzando e se misturando pelas décadas seguintes. Além do que, uma autobiografia a essa altura, seria muito pretensioso, então de volta aos acontecimentos. Lá estávamos eu e meus amigos Dado e Pedro sentados embaixo do bloco sem ter o que fazer. A essa altura eles já tinham sido informados da cena que eu presenciara na lanchonete. Estávamos quebrando a cabeça pra bolar um plano para fazermos contato com a outra tribo de roqueiros do pedaço. Tudo bem que eles fizessem um som meio estranho, o que importava mesmo é que era rock. Por uma causa comum e nobre qualquer sacrifício valia a pena. Sobretudo porque o lado de lá parecia se divertir bem mais do que nós.

Não conhecíamos nenhum deles, não saibamos onde moravam, não sabíamos sequer o nome de suas bandas. Em resumo, não sabíamos de nada. Mas numa cidade como Brasília, um dia fatalmente nos encontraríamos. Enquanto isso a vida continuava. Uma existência chata, longa e repetitiva que se resumia basicamente em matar aula, fumar maconha e ouvir discos. A vida em casa não andava bem para nenhum de nós, por isso passávamos o dia inteiro na rua. A tensão doméstica era causada pelos motivos de sempre: crise na escola e pais na iminência do divórcio. Não que a separação em si fosse um problema, tínhamos crescido no final do século e quase todos os nossos amigos tinham pais separados. Tudo bem. O problema é que os meses ou anos anteriores a um divorcio tendem a ser turbulentos. A separação em si tende a vir com certo alivio.

A escola já era outra história, mais complicada e sem solução a vista. Que diabos iríamos fazer das nossas vidas? Àquela altura não tínhamos a mais remota idéia. Sempre invejei pessoas que desde cedo tinham uma vocação clara. Já pensou como a vida de Mozart, por exemplo, tinha sido fácil? Aos cinco anos já tocava pra reis. Assim é mole. Tá bom, tá bom, eu sei, não foi simples assim. O cara foi massacrado pelo pai e acabou sendo enterrado numa vala comum. Mas ao menos ele sabia o que fazer enquanto estava vivo. Desde pequeno. Nós, no entanto, passamos por horas e horas, dias e dias intermináveis, com a certeza absoluta de que a catástrofe nos esperava logo ali atrás da esquina. Ao menos era isso que nos diziam na escola e em casa. Afinal, era obvio que estávamos longe de sermos gênios e também não parecíamos ter uma aptidão especial para nada. A nossa auto-estima não andava muito em alta, mas curiosamente também não nos achávamos burros. A esperança estava nas biografias, muito populares nas ultimas fileiras da sala de aula, de pessoas que tinham sido um desastre na escola, mas depois se recuperaram. Nada demais. Gente como Einstein, por exemplo. Ora, se ele conseguiu, porque não um de nós? Nunca se sabe, sempre há esperança. Bastava acreditar em milagres.

Dado, Pedro e eu passávamos nosso tempo na 104 andando de skate, jogando bola e, claro, experimentando drogas. Aos poucos íamos provando um pouco de tudo. Além de maconha, descobrimos benzina, cola, e cogumelos. Qualquer coisa que caísse nas nossas mãos e produzisse algum efeito era bem-vinda. Dano cerebral? Yeah! Ilegal e proibido? Melhor ainda. Ficar lesado? Ótimo. De um modo geral podia se dizer que estávamos caminhando para um precipício. Nada de bom sairia daquilo, mas nós, mesmo nos dando conta perfeitamente, jamais admitiríamos. E dito e feito: esses excessos nos cobraram um preço caro mais tarde. Nossos fígados, rins, cérebros e afins…

Havia um gramado do lado da Superquadra, logo em frente ao terreno baldio entre a 105 e a 104, onde ficávamos deitados a noite, jogando conversa fora. As pessoas passavam apressadas por ali porque apesar de mal iluminado era o único acesso ao ponto de ônibus, um pouco abaixo no eixão. Esses nomes e números só fazem sentido pra quem morou em Brasília. Então vocês tem duas opções. Ou vão conhecer a capital de vocês, ou estudem a obra de Oscar Niemeyer e Lucio Costa. Não tem jeito. É isso mesmo, é incompreensível.

À noite, aquele não era um lugar para lazer. Por isso, logo nos chamou a atenção, vindo de longe, as gargalhadas de duas meninas, despreocupadamente passeando de bicicleta. Podíamos ouvi-las antes de vê-las, tamanho era o volume. Quando finalmente seus vultos se aproximaram o suficiente do facho de luz do único poste do pedaço, vimos, para nosso espanto, que elas estavam vestidas para matar. Alfinetes , buttons, cabelos coloridos e tudo mais. Elas eram como os caras que estávamos procurando. Voilà! Sem mais nem menos elas tinham caído do céu. Ali estavam elas, todas vestidas e montadas e nada para fazer além de andar de bicicleta…

Como se fosse a coisa mais normal do mundo, elas pararam e se apresentaram. Eram a Ana e Cris. A Cris eu reconheci assim que me aproximei – era a cantora maluca que eu tinha visto na lanchonete alguns dias antes. Eu logo achei a Ana mais bonita. Era uma beleza fora do comum. Ela era nariguda e muito magra. Parecia saída de um filme do Almodovar. Maravilhosa. Começamos a nos cutucar, “vai cara, diga alguma coisa inteligente. Eu não, vai você”, sussurrávamos um para o outro. Então, depois de um pouco de papo furado e um pouco de desconforto adolescente, a conversa naturalmente começou a enveredar para a música. Elas não esconderam seu desprezo pelo nosso gosto e falaram de grupos que não conhecíamos ou dos quais só tínhamos ouvido falar vagamente. Coisas tipo Slits, Siouxsie and the Banshees e Joy Division. Apesar de humilhante, afinal eram duas garotas nos dando uma aula de rock, ouvíamos de boca aberta.

Todo o episódio não deve ter durado mais do que alguns minutos. Mas quando estavam indo embora, a Ana se virou e nos convidou para um show que ia rolar no fim de semana num lugar com o nome bizarro, Kafofo. O nome das bandas? Aborto Elétrico e Blitz 64. Bingo!
Pois é, a vida é assim, cheia de coisas inesperadas. O contato estava feito.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

" FELIZ ANIVERSÁRIO E ROSAS MORTAS PRA VOCÊ"

               YVES PASSARELL
Hoje aniversário do nosso guitarrista YVES PASSARELL, entao #VamosComemorar \o/   Nós do Fã Clube Capital Inicial Brasília desejamos muitas felicidades, muitos anos de vida, muito Rock'n'Roll.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Fê Lemos




Antônio Felipe Villar de Lemos, o Fê Lemos, nasceu no Rio de Janeiro em 18 de junho de 1962, e aos 10 descobriu seu gosto pela música. Muito fã dos Beatles, aos 13 anos começou a tocar bateria. Aos 14, começou a estudar música na Escola de Música de Brasília, e lá começou a tocar com Péricles Cavalcante.
Fê passou um tempo na Inglaterra, estudando bateria até 1978, quando voltou ao Brasil, conheceu Renato Russo e, juntos, criaram o Aborto Elétrico.
Hoje, sua principal influência é a música eletrônica e acredita que isso reflita no seu som atual. Espera um dia poder dar continuidade aos seus projetos nesse segmento.
Além disso, é pai de dois filhos, Diana e Tomaz, e pratica windsurf, natação e tênis. Trinta anos depois voltou às aulas de música e, atualmente, estuda piano, canto e teoria musical. E bateria, sempre!

Flavio Lemos


Baixista da banda, Flávio Miguel Vilar de Lemos nasceu no dia 29 de outubro de 1963, em Santa Tereza, Rio de Janeiro, e aos 4 anos, foi morar em Brasília com a família. Uma infância perfeita com a Turma da Colina, e desde pequeno a música estava dentro de casa. Sua mãe, Lúcia, sempre teve uma bela voz e o incentivou a aprender piano, já aos 8 anos.
Quando acompanhou os pais em uma temporada de um ano na Inglaterra, Flávio conheceu o punk rock, The Clash, Ramones, Sex Pistols, 999 e tantas outras bandas. Isso foi decisivo para sua formação musical, se tornando sua principal influência.
No Aborto elétrico, Renato Russo e ele formaram uma boa dupla, compondo grandes músicas como ‘Fátima’, ‘Música Urbana’, ‘Veraneio Vascaína’, ‘Verde Amarelo’ e ‘Baader Meinhof Blues’.
Casado, Flávio mora em São Paulo e férias com a família é sagrado. Adora esquiar com os seus  três filhos e está certo de que estar com eles no topo do mundo é um dos grandes momentos da sua vida.

Fabiano Carelli


Fabiano Carelli nasceu em São Paulo, dia 28 de outubro de 1977, e cresceu em um ambiente musical. Foi desta forma que, desde cedo, teve grande interesse por música brasileira, erudita e jazz. Aos 10 anos, descobriu o rock; aos 15 anos, ganhou sua primeira guitarra e teve aulas com Edu Ardanuy e Joe Moghrabi. Em 1997, cursou Bacharelado em Guitarra na Faculdade Santa Marcelina e teve como professor de guitarra Paulo Tiné. Além disso, estudou com Mozart Mello, com quem ficou durante 5 anos, e também com Heraldo do Monte. Em 2003, foi convidado para dar aulas na EM&T - Escola de Música e Tecnologia - IG&T. Desde 2005, toca como músico convidado na banda Capital Inicial e, em 2008, participou da gravação do CD e DVD Capital Inicial - Multishow ao Vivo em Brasília. Atualmente, além de continuar como professor no IG&T, faz workshops e está trabalhando nas gravações de seu primeiro disco solo.

Yves Passarell

Guitarrista da banda, Yves nasceu no dia 8 de fevereiro de 1969, em São Paulo, e começou a tocar incentivado por sua mãe pianista.
Aos 14 anos já tocava em festivais de escola, e ao lado do irmão, Pit Passarell, fundou o Viper, banda de heavy metal que durou até 1999.
Considerado um dos grandes guitarristas de rock do cenário musical brasileiro, Yves, foi convidado no final de 2001 para ser o novo guitarrista do Capital, e desde então já gravou cinco álbuns: Rosas e Vinho Tinto, Gigante, Aborto Elétrico, Eu Nunca Disse Adeus e Das Kapital.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Dinho Ouro Preto


Olá, eu sou Dinho Ouro Preto e meu nome “de verdade” é Fernando, mas desde que me conheço por gente sou chamado de Dinho. Nasci em Curitiba no dia 27 de Abril de 1964 (arrghh, eu odeio essa data, acho que na real não gosto de ficar mais velho…) e sou o vocalista do Capital.

O rock entrou na minha vida quando eu tinha uns 12 anos. Andando pelas ruas da SQS 104 (isso é um endereço em Brasília!) eu conheci o Bi e o Herbert. Os Paralamas ainda não existiam, mas eles já eram amigos. Os dois eram um pouco mais velhos do que eu e meus melhores amigos eram o Pedro, irmão do Bi, e o Dado Villalobos.

Sendo mais velhos, o Bi e o Herbert , ficavam mostrando pra gente o som que eles gostavam. Basicamente Led Zeppelin e Jimi Hendrix. Aliás, o primeiro disco que comprei na minha vida foi um ao vivo do Hendrix tocando Sunshine of your love. Aos poucos fui descobrindo outras bandas bacanas, AC/DC, Queen, Thin Lizzy, Black Sabbath, Aerosmith e um milhões de outras. Aos treze anos o rock já era a coisa mais importante da minha vida. As paredes do meu quarto eram cobertas de fotos e posters dos meus heróis. Eu ia ver qualquer coisa que tivesse a ver com guitarra, baixo e bateria. Várias vezes íamos a shows só pra ver uma guitarra ou um baixo.

Eu lembro, por exemplo, a primeira vez que vi uma guitarra Gibson….foi uma experiência transformadora. Também lembro do dia em que o Herbert ganhou a primeira Gibson dele; nem era um dos modelos mais conhecidos – acho que era uma L6S -, mas, mesmo assim, nos reunimos em volta dela como se fosse a coisa mais preciosa que havíamos visto até então.
Logo depois minha família resolveu morar uns anos fora do Brasil. Fui parar em Genebra e ali eu pude pela primeira vez ver shows. Vi Peter Gabriel, Rory Gallagher, Status Quo e mais um monte de outras bandas.

Genebra é uma cidade pequena e pra ver shows de bandas maiores a gente tinha que ir pra outras cidades. O problema era convencer meus pais a nos deixar viajar sozinhos pra assistir um show. Aliás era inútil, pois eles nunca deixavam. A solução que eu e meu irmão encontramos foi simplesmente fugir e tentar voltar antes que eles percebessem. Por incrível que pareça, dava certo.

Uma vez escapamos depois deles dormirem e fomos até Zurique de trem ver o Rush. Chegando lá descobrimos que o show tinha sido cancelado. A história que contaram pra dois moleques brasileiros não nos convenceu: Disseram que o guitarrista tinha quebrado a mão. Tá bom, conta outra… a gente achou que era frescura de rock star, não que não continuássemos a amar o Rush, mas ouvíamos as histórias dos excessos desses caras. O gozado é que, vinte anos depois, eu vou até Boston entrevistar o trio antes da vinda deles ao Brasil. Fico lá duas horas conversando com eles, e, no final, tomo coragem e conta a história pra eles e pergunto se era verdade. Depois de passar o espanto, disseram que sim, que o Alex Lifeson tinha quebrado o dedo numa porta. Sem pensar duas vezes e com a maior cara de pau pedi meu dinheiro de volta. Eu tava de sacanagem, mas eles chegaram a levantar e procurar dinheiro no bolso.

Alguns anos mais tarde, volto à terrinha. Logo chegando vou procurar meus velhos amigos. Lá estavam todos, e, assim como pra mim, o rock já era o centro da vida deles também. O Bi e o Herbert já tinham oficialmente começado os Paralamas. Algumas das primeiras canções chegaram a ser gravadas anos mais tarde como ‘Vovó Ondina é Gente Fina’.

Foi então que aconteceu algo que deu um novo e inesperado rumo às nossas vidas.
Um dia à tarde nos demos de cara com o Aborto Elétrico tocando na rua. O visual deles era demais: cabelos descoloridos, alfinetes e calças rasgadas mas, ao menos eu, achei o som horrível. Eu vinha da escola de Hard Rock ou Metal e não conseguia entender Punk Rock. Aliás acho que de toda a turma, eu fui o último a ser convencido que era bacana.

Uma vez, no Rio, numa loja de discos (fazíamos longas viagens pelo país nas férias, várias vezes pedindo carona na estrada) eu e o Fê ficamos discutindo durante horas sobre qual disco era melhor: Back in Black (AC DC) ou o End of The Century (Ramones). Até hoje não chegamos a um acordo. Ironicamente foram os Ramones que abriram as portas do “novo som” pra mim.

À partir dali tudo mudou e ficou mais sério. Quer dizer, adorávamos fazer zona pela cidade, mas todo mundo levou a sério a frase punk “faça vc mesmo”. Todos queriam tocar. Comecei então a prestar mais atenção no que o Renato escrevia. Na medida que ia conhecendo melhor fui me dando conta da importância, ao menos pra mim, do que eu tava testemunhando. O Renato era um sujeito à parte, uma espécie de guru, o líder da turma. Mas essa é outra história a ser contada em detalhes mais tarde.

Eu e o Dado queríamos tocar de qualquer jeito, mesmo sem jamais termos posto a mão num instrumento. E então eis que surge o ‘Dado e o Reino Animal’ (esse nome lindo saiu da cabeça do Herbert). Eu “tocava” baixo, o Dado guitarra, o Loro outra guitarra, o Bonfá bateria e um cara chamado Pedro tocava teclado. Pra resumir fizemos só um show, no qual o cabo do meu baixo se soltou e eu não percebi de tão bêbado que eu tava. Enfim, o show foi um desastre.

Também resumindo uma longa história por volta da mesma época, acaba o Aborto Elétrico. O Renato monta a Legião com o Dado e o Bonfá. O Fê, Loro e Flávio montam o Capital. No começo chamaram uma menina, que não era da turma, chamada Heloísa pra cantar. Não dura muito… como eu disse, ela não era da turma. Delito grave. Então eis que surge a oportunidade da minha vida: o Capital estava fazendo um teste pra encontar um novo vocalista.

E lá vamos nós, eu e a Helena nos submeter ao julgamento do irmãos Lemos e o Loro. Eu, na minha ingenuidade, achei que fosse ter fila na porta, mas na real só apareceu nós dois. Eu nunca tinha segurado um microfone na vida, quanto mais cantado, mas ninguém parecia achar que isso era um problema. A música a ser cantada era Psicopata (a única música gravada do Capital antes da minha entrada) e a Helena deve ter feito uma interpretação horrível, porque eu acabei sendo escolhido.

E pronto, desse dia em diante minha vida nunca mais foi a mesma. Um mês depois dei meu primeiro show e dois meses depois tocamos pela primeira vez fora de Brasília.
Desses shows em diante não paramos mais até nos separamos em 93. Nos reunimos em 98 e mais de mil shows depois continuamos aqui.

Essa é, logicamente, uma versão muito resumida. Um dia conto tudo pra vcs!

Discografia

Capital Inicial - 1986
1. "Música Urbana" 3:30
2. "No Cinema" 2:56
3. "Psicopata" 2:49
4. "Tudo Mal" 3:12
5. "Sob Controle" 3:31
6. "Veraneio Vascaína" 2:15
7. "Gritos" 3:27
8. "Leve Desespero" 3:53
9. "Linhas Cruzadas" 3:36
10. "Cavalheiros" 3:25
11. "Fátima" 3:49

Independência - 1987
1. "Independência"
2. "Autoridades"
3. "Palavras ao Vento"
4. "Por Que Nós Ficamos Juntos"
5. "Arrepio"
6. "Espelho no Elevador"
7. "Fantasmas"
8. "Descendo o Rio Nilo"
9. "Prova"
10. "Vem Bater no Meu Tambor (Rotina Positiva)"


Você Não Precisa Entender - 1988
1. "A Portas Fechadas"
2. "Blecaute"
3. "Movimento"
4. "Pedra Na Mão"
5. "Ficção Científica"
6. "Limite"
7. "Rita"
8. "Fogo"
9. "O Céu"

Todos os Lados - 1989
1. "Mambo Club"
2. "Mickey Mouse em Moscou"
3. "Vênus em Pedaços"
4. "Olhos Abertos"
5. "Belos e Malditos"
6. "Todos os Lados"
7. "Sem Direção"
8. "Abismo"
9. "Onde Começa Você"
10. "Pássaros de Guerra"
11. "2001"

Eletricidade - 1991
1. "21"
2. "O Passageiro" - (The Passenger) (Iggy Pop, Ricky Gardiner; versão: Barretti, Dinho Ouro Preto)3. "Eletricidade"
4. "Noite e Dia"
5. "Kamikaze"
6. "Nosso Fim"
7. "O Profeta"
8. "Cai a Noite"
9. "Chuva"
10. "Todas as Noites"
11. "Dance Animal Dance"
12. "Terra Prometida"
13. "Chamando Todos os Carros"
14. "Aua Aua"

Rua 47 - 1995
Rua 47 é o sexto álbum de estúdio do Capital Inicial. É o primeiro álbum sem o vocalista Dinho Ouro Preto, que após a saída em 1993 é substituído por Murilo Lima.
1. "Rua 47"
2. "A Lei da Metralhadora"
3. "Pique-esconde"
4. "Desdêmona"
5. "Mil Vezes"
6. "A Saga do Homo Babaca"
7. "Soltem os Leões"
8. "Separação"
9. "Projetos Engavetados"
10. "Danação"
11. "Pele Vermelha"

Ao Vivo - 1996
Ainda sem Dinho Ouro Preto nos vocais, este é o primeiro albúm ao vivo do Capital Inicial.
1. "Fátima"
2. "O Passageiro"
3. "Mickey Mouse em Moscou"
4. "Podres Poderes"
5. "Fogo"
6. "Belos e Malditos"
7. "Autoridades"
8. "Projetos Engavetados"
9. "Todas as Noites"
10. "Música Urbana"
11. "Jiboia's Bar"
12. "Kamikaze"
13. "Leve Desespero"
14. "Independência"
15. "Veraneio Vascaína"
16. "Será que é Amor"
17. "A Manhã"

Atrás dos Olhos - 1998
Atrás dos Olhos é marcado como a volta de Dinho Ouro Preto aos vocais da banda.
1. "1999"
2. "O Mundo"
3. "Estranha E Linda"
4. "Atrás Dos Olhos"
5. "Terceiro Mundo Digital"
6. "Eu Vou Estar"
7. "Assim Assado"
8. "Hotel Jean Genet"
9. "Paz No Matadouro"
10. "Religião"
11. "Amiga Triste"
12. "Giulia"

Acústico MTV - 2000
1. O Passageiro (The Passenger)
2. O Mundo
3. Todas as Noites
4. Tudo Que Vai
5. Independência
6. Leve Desespero
7. Eu Vou Estar
8. Primeiros Erros
9. Cai a Noite
10. Natasha
11. Fogo
12. Fátima
13. Veraneio Vascaína
14. Música Urbana


Rosas e Vinho Tinto - 2002
Rosas e Vinho Tinto é o primeiro albúm depois da saída de Loro Jones (guitarrista) e da entrada de Yves Passarell.
1. "220 Volts"
2. "À Sua Maneira"
3. "Como Devia Estar"
4. "Inocente"
5. "Enquanto eu Falo"
6. "Algum Dia"
7. "Quatro Vezes Você"
8. "Pra Ninguém"
9. "Olhos Vermelhos"
10. "Mais"
11. "Incondicionalmente"
12. "Falar de Amor não é Amar"
13. "Rosas e Vinho Tinto"
14. "Isabel"

Gigante! - 2004
1."Instinto Selvagem"
2."Respirar Você"
3.Sem Cansar ("C’est Comme Ça")" (Versão: Dinho Ouro Preto / Alvin L.) Catherine Ringer / Frederic Chichin 4."Seus Olhos"
5.Não Olhe Pra Trás"
6."Sexo & Drogas"
7."Perguntas Sem Respostas"
8."Insônia"
9."Maria Antonieta"
10."Vendetta"
11."Sorte"
12."Gratidão"


 
MTV Especial: Aborto Elétrico - 2005
MTV Especial: Aborto Elétrico é o álbum que relembra os grandes sucessos da época da banda Aborto Elétrico.
1. "Tédio"
2. "Love Song One"
3. "Fátima"
4. "Helicópteros no Céu"
5. "Química"
6. "Ficção Científica"
7. "Conexão Amazônica"
8. "Submissa"
9. "Geração Coca-Cola"
10. "Baader-meinhof Blues Nº1"
11. "Heroína"
12. "Despertar Dos Mortos"
13. "Veraneio Vascaína"
14. "Construção Civil"
15. "Benzina"
16. "Música Urbana"
17. "Que País É Este"
18. "Anúncio de Refrigerante"

Eu Nunca Disse Adeus - 2007
1. "A Vida É Minha
2. "Eu Nunca Disse Adeus"
3. "Aqui"
4. "Eu E Minha Estupidez"
5. "Diferentes"
6. "O Imperador"
7. "Altos E Baixos"
8. "18"
9. "Dormir"
10. "Boa Companhia"
11. "Má Companhia"
12. "Eu Adoro Minha Televisão"
13. "Um Homem Só"
Capital Inicial - Ao Vivo em Brasília - Multishow
1. Mais
2. O Mundo
3. Independência
4. Como Devia Estar
5. Passos Falsos
6. Eu Nunca Disse Adeus
7. Não Olhe para Trás
8. Olhos Vermelhos
9. Primeiros Erros
10. Algum Dia
11. Dançando com a Lua
12. Natasha
13. Que Pais é Esse?
14. Mulher de Fases
15. Quatro Vezes Você
16. Sua Maneira
17. Fogo

Das Kapital - 2010
1. Ressurreição 2. Depois da Meia 3. Como se Sente 4. Eu Quero Ser Como Você 5. A Menina que Não Tem Nada 6. Não Sei Porquê 7. Melhor 8. Vamos Comemorar 9. Eu Sei Quem Eu Sou 10. Marte em Capricórnio 11. Vivendo e Aprendendo

(Por:Gabriel dos Santos Costa)